Foto: Marcelo Martins
Em reunião ordinária na tarde de terça-feira (7), a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Santa Maria aprovou o repasse de R$ 3 milhões para a prefeitura. O objetivo é auxiliar o Executivo na adoção de medidas emergenciais que minimizem os estragos causados pelas enchentes.
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Segundo o procurador jurídico da Câmara de Vereadores, Lucas Saccol, o valor destinado é oriundo do remanejamento de verbas previstas no orçamento como para diárias e obras:
– Formamos esse montante de uma maneira que não comprometa as atividades ordinárias do Legislativo.
Os valores serão destinados à Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos para serem utilizados no restabelecimento de acessos a comunidades isoladas. Desse total, R$ 2 milhões serão empregados na contratação de serviços de horas-máquinas para atendimento direto à população necessitada e o restante, R$ 1 milhão, será usado para a aquisição de pedras junto às ações do chamado Programa de Manutenção de Vas Urbanas e Rurais.
Meyne ressalta que o Legislativo segue estudando e planejando novos aportes para demandas emergenciais na cidade.
O orçamento total da Câmara de Vereadores é de R$ 35,4 milhões. Assim, o valor destinado representa 8,5% do montante total. O presidente do Legislativo, Manoel Badke (União), comunicou os vereadores sobre a necessidade de ajuste na programação orçamentária por conta do estado de calamidade no município.
Comissão Externa
Durante a reunião na última terça, a Câmara formou uma Comissão de Representação Externa para vistoriar o restabelecimento dos serviços de abastecimento de água da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). O colegiado é integrado pelos vereadores Adelar Vargas, o Bolinha (MDB), Alexandre Pinzon Vargas (Republicanos) e Pablo Pacheco (PP).
Os serviços da comissão buscam respostas frente à falta de água e às incertezas sobre a normalização do abastecimento. Essa tem sido uma situação que preocupa a população desde a última semana. A reportagem do Diário recebe diariamente reclamações de santa-marienses pela escassez de água.
Os parlamentares, junto com o procurador jurídico Lucas Saccol Meyne, foram até a Barragem Saturnino de Brito monitorar a situação.
Outro fator que motivou a criação da comissão é a probabilidade de galgamento da Barragem, ou seja, quando o volume de água excede a capacidade de escoamento do vertedouro, pela cheia do Rio Ibicuí-Mirim. A companhia tem alertado a população do entorno – localidades de Passo dos Macacos e Canabarro - para a necessidade de evacuação da área e prestado o auxílio necessário.
A Comissão Externa também tratará da utilização de caminhões-pipa. O Legislativo entende que, no momento, é insuficiente para suprir as necessidades das localidades e bairros que estão desabastecidos.
* Com informações da Câmara de Vereadores